27 fevereiro, 2010

Steve Vai - Where The Wild Things Are


Ok. Você pode pensar: o cara é estrela, ele é um egolatra, ele só se faz olhar na frente do espelho. Tá. Tudo bem. Ele faz caras e bocas para tocar sua guitarra. Sério. Nunca vi tanta careta para tocar uma guitarra. Não consigo entender isso. Mas dane-se. Sim. Dane-se, para ser educado. Estou falando de ninguém mais que STEVE VAI. Um maluco que começou a carreira pesada com ninguém menos que Frank Zappa; um cara que segundo a lenda foi aluno do Satriani; um cara que precisou fazer duelo de guitarra fake em A Encruzilhada. Tudo isso para atingir a fama.
Só que ele não precisa de nada disso. Ele simplesmente gosta do destaque. Mas o cara é, com o perdão da palavra, FODA. As músicas dele não têm nada de extraordinário. Ele não é o cara mais rápido do mundo. Mas ele tem uma capacidade de composição, de harmonia de seu instrumento (MISS ELECTRIC GUITAR) com outros instrumentos de uma forma que ninguém mais faz.
Como eu disse, a técnica não é sua soberba. Ele não fica com aqueles blábláblás que alguns guitarristas gostam. Mas a forma como ele sabe usar a alavanca e os seus pedais em uma música, isso ninguém faz igual. E sua criatividade em nível de composição, também é ímpar. Existem grandes bandas, algumas das quais até sou fã, que possuem alguns dos melhores instrumentistas do mundo. Mas não são criativos como o Vai.
E o CD e o DVD do show em Mineapolis, "Where the wild things are", vêm para comprovar tudo isso. Sim, ele é estrela; sim ele é excêntrico. Mas ele toca muito. E sem blábláblá como um certo guitarrista sueco... Steve Vai toca prá caramba.
Ele começa o show com Paint Me Your Face, com uma guitarra moldada em acrílico, simplesmente linda. Aliás, linda é a garota violinista que o acompanha. A 5ª música, Tender Surrender, só vem comprovar tudo o que escrevi acima. Tipo: "Olhem como eu toco bem...". E sinceramente: ele toca bem prá caraca. Logo no início do show, Steve faz a apresentação da banda. Lógico, que nada pode passar em branco. Eles passam de James Brown a Deep Purple e um destaque especial ao guitarra base, com seu equipamento de sete cordas.
A próxima música é inusitada por iniciar com um vocalize da banda como um todo e continuar com Mr. Steve Vai cantando. Logo depois, tudo volta ao normal. Graças a Deus. Pois ninguém quer ver Steve Vai cantando. Todos querem vê-lo fazendo o que ele faz de melhor: tocando guitarra. Em Shove the Sun Aside, Mr. Steve Vai simplesmente deixa o palco e seu base assume o comando do palco. E ele mostra a que veio. E mostra porque é o membro mais antigo da banda (além do próprio Steve, é claro). Tudo bem. Ele não usa metade dos efeitos que o Steve usa. Mas isso torna sua música mais verdadeira. Um instrumental de primeira qualidade, com a competência de alguém que já merece sua carreira solo. Dave Weiner é seu nome.
Na música seguinte, I'm Becoming, Steve Vai mostra o porque que ele é o que é. Com acordes simples, sem frescuras (é claro, com algumas caretas), ele ataca sua guitarra em um som melodioso, tranquilo, e ao mesmo tempo, poderoso. E ele já emenda o petardo Die to Live. Uma composição às antigas. Mas poderosa. E detalhe. Ele deve ter uma coreógrafa. Não é possível aquela viad.g.m toda do nada. Bom. Não interessa. Ele pode.
Freak Show Excess começa com um instrumento que tem som de cítara. Mas não sei o que é não. Admito. Mas mesmo assim. Essa música vai subindo em um vigor violento. Daqueles de te fazer pular da cadeira e bater a cabeça. É muito bom esse som. E a violinista é linda.
Apples in Paradise é uma ode feita aos dois violinistas da banda (já falei que a Ann Marie é linda?). Ann Marie e Alex de Pue fazem um som diferente, acompanhados pelo base e pelo baixista, Bryan Beller numa toada totalmente diferente. Você não sabe se está nos anos 60, 70, 80, ou o que for. Mas essa dupla de violinistas dá um show a parte. Principalmente a Ann Marie que é linda. Já falei sobre ela? Ah. Detalhe. Além de tudo, ela destrói o violino.
Bom. Com tanto tempo fora do palco, Mr. Steve volta com um violão às mãos, dedilhando e acompanhado de sua violinista predileta (ela é bonita). E assim inicia All About Eve. Cantada por Mr. Steve novamente. Logo em seguida, Gary 7, também tocada por Mr. Steve no violão, tem uma levada mais fusion, com o baterista Jeremy Colson brincando com uma pequena bateria ambulante, se fazendo de One Man Band. Destaque para os pequenos enfeites na bateria ambulante :-P Ah. E a caveira canta. E seus olhos brilham. E vai saber mais o que esse bicho estranho faz. Mas os caras tocam prá caramba, apesar de toda a brincadeira.
Muito mais rola nesses dois DVD's. Eu garanto. Compensa o investimento, pois o primeiro DVD é composto por músicas mais recentes, onde, ao decorrer do show, o mestre vai trocando seus brinquedos. O segundo DVD é composto por músicas mais tradicionais como The Audience is Listening, For The Love of God, Liberty, Answers, dentre outras.
Além de todo o repertório do show (são 27 petardos lançados pelo mestre), o DVD conta ainda com entrevistas e com uma sessão técnica de guitarras.
O conjunto (DVD e CD) é do final do ano passado. Mas eu recomendo. E muito. Curta o mestre, Steve Vai.

25 fevereiro, 2010

Metodologias Ágeis - O Processo Unificado Aberto - Open UP

A IBM já vem há um certo tempo, mantendo uma relação estreita com o pessoal da organização Eclipse, a qual oferece um conjunto muito grande de ferramentas free que oferecem suporte ao processo de desenvolvimento de software, variando de SDK's, ferramentas de modelagem de software até Frameworks para o desenvolvimento de software.
Há alguns anos atrás, a IBM, em sua campanha de investimento em serviços, deixando hardware um pouco (bastante) de lado, fez uma de suas maiores aquisições (em termos de valor agregado) que foi a Rational, proprietária do Framework RUP e das ferramentas CASE Rational.
Fruto desse link entre a IBM e a Eclipse, surpreendentemente a IBM libera o RUP para o pessoal da Eclipse customizar e lançar uma metodologia ágil própria, a Open UP (Processo Unificado Aberto) que também compõe o Eclipse Process Framework.
O Open UP segue as principais características do Processo Unificado Rational, porém, sintetizando essas características em uma metodologia ágil. Como o RUP, o Open UP foca no processo de desenvolvimento iterativo incremental em um ciclo de vida estruturado que foca na natureza colaborativa do desenvolvimento de software.
Um ponto que é importante considerar é que o Open UP trabalha Processo de Software em três camadas (e não apenas duas como o RUP):
  1. Ciclo de Vida de Projeto
  2. Ciclo de Vida de Iteração
  3. Ciclo de Vida de Micro Incremento (nova)
O Ciclo de Vida de Projeto trata da organização do processo de desenvolvimento como um todo, estando divididas em quatro fases, como o RUP: Concepção, Elaboração, Construção e Transição. O Ciclo de Vida de Iteração trata da organização e execução de uma iteração e o Ciclo de Vida de Micro Incremento trata de pequenas unidades de trabalho (Micro Incremento) que geram um artefato mensurável e estável, sendo que a duração de um Micro Incremento varia de algumas horas a no máximo alguns dias.

O uso de Micro Incrementos busca oferecer uma resposta extremamente rápida que direciona possíveis decisões de correção a cada Iteração. O uso de iterações foca a equipe de desenvolvimento na entrega de produtos cujos valores são incrementados de maneira prevista. Diferente do RUP, uma iteração no Open UP estrutura como os Micro Incrementos são aplicados para entregar executáveis (builds) estáveis e coesos, incrementados progressivamente seguindo os objetivos das iterações. O conceito de Fase do Open UP é o mesmo do RUP, com as mesmas perspectivas e mesmos marcos.
Os Micro Incrementos geram artefatos específicos com a Fase em que se encontra sua Iteração hospedeira. Os principais tipos de Micro Incrementos por Fase são:
  1. Fase de Concepção: Identicação dos Stakeholders; Especificação de Casos de Uso;
  2. Fases de Elaboração e Construção: Desenvolvimento de Incremento de Solução;
  3. Fase de Transição: Implantação de Release.
Embora também trabalhe com os conceitos de disciplinas, como o RUP, o Open UP refinou as disciplinas e apresenta somente algumas disciplinas necessárias, a saber:
  1. Requisitos
  2. Análise e Design
  3. Implementação
  4. Teste
  5. Gerência de Projetos
Para completar essa introdução, o Open UP, como toda metodologia ágil, segue algumas práticas indicadas ao processo de desenvolvimento:
  1. Gerenciar Mudanças
  2. Testar Concorrentemente à Implementação
  3. Integrar Continuadamente
  4. Desenvolver de Forma Iterativa e Incremental
  5. Compartilhar as Diversas Visões do Sistema
  6. Realizar Desenvolvimento Dirigido a Testes
  7. Realizar Desenvolvimento Dirigido a Casos de Uso
  8. Desenvolver em Equipe
Esse é um breve resumo do que é o Processo Unificado Aberto e algumas de suas principais características. Na verdade, muitos conceitos devem ser estudados para compreender o Open UP em toda sua extensão. Se você quiser efetuar o download do Framework do Open UP, clique aqui.
Se eu puder ajudar mais, basta me enviar uma mensagem. Em recomendo.

22 fevereiro, 2010

Heavy Metal nacional na década de 80

O cenário não poderia ser diferente. O Heavy Metal nunca foi tão forte em toda a Europa e EUA. No Brasil, verdadeiros titãs começam a nos visitar: Kiss, Van Halen, Iron Maiden, AC/DC, Scorpions, Whitesnake. O Rock in Rio I foi um verdadeiro sucesso no início de 1985. Cenário propício para o fomento de bandas nacionais. Apesar de tudo, o cenário econômico não ajudava. Gravar um LP e distribuí-lo era para poucos. A transição do militarismo para a democracia foi tumultuada. O presidente eleito morre.
É nesse cenário de prós e contras que surge a melhor fase do Heavy Metal tupiniquim. A década de 80. Grandes bandas surgiam (algumas, na ativa até hoje). Um período em que era bom fazer Heavy Metal. Um período onde se fazia Metal por paixão, pois grana mesmo, nada. E desse cenário florescente brotaram diversos cactos que fizeram muitos moleques pular e bater cabeça como loucos. E é claro, estou no meio desses.
Cito aqui algumas dessas bandas. Ao menos as que tive mais contato. Eu recomendo a todos que procurem os sons dessas bandas para conhecer. São no mínimo, ótimas.

Centúrias - banda paulistana, que grava suas primeiras aparições em 1985, na famosa coletânea SP Metal, além da qual, lançou ainda os álbuns Última Noite e Ninja.

Harpia - outra banda paulistana que iniciou suas atividades em 1982, sob o nome de Via Láctea, adotando o nome que lhe trouxe fama em 1983. Em 1985, pela Baratos Afins, lança o poderoso A Ferro e Fogo, um verdadeiro clássico do Heavy Metal nacional. Depois desse, ainda lançaram o ótimo Sete e o não tão conhecido, mas também muito bom, Harpia's Flight.

A Chave do Sol - mais uma banda paulistana que estourou em meados dos anos 80. A Chave do Sol iniciou suas atividades em 1983, fazendo um Hard Rock de responsabilidade. Apesar de tudo, teve uma carreira turbulenta e não tão longa como gostaríamos, lançando os álbuns Luz, em compacto, o EP Same e o album The Key, pela Brigade Records.

Vulcano - Essa banda Santista, iniciou suas atividades em 1982, e que logo lançava seu petardo, já apresentando uma linha mais agressiva de metal que as bandas convencionais da época. Uma curiosidade que se registra é que a Vulcano foi a primeira banda nacional de metal a lançar um disco ao vivo, gravado em Americana, no interior de São Paulo, em 1985: Vulcano Live. Até onde encontrei informações sobre a banda, continuam na ativa.

Azul Limão - banda carioca que teve sua formação datada em 1981, foi uma banda que batalhou muito para ter seu lugar ao Sol, lançando sua primeira demo em 1983. A Azul Limão lançou ainda mais duas demos e uma promo, Vingança. Finalmente, em 1986, conseguem lançar seu primeiro petardo, também intitulado Vingança e em 1987 lançam o ótimo Ordem e Progresso.

Dorsal Atlântica - mais uma banda carioca, essa que se formou em 1981, com o famoso Carlos Vândalo Lopes, talvez tenha sido um dos maiores expoentes do heavy metal nacional desse período, e também um dos mais agressivos, lançando alguns petardos que foram os primogênitos do Death Metal Nacional. Chegaram a abrir shows para grandes bandas como Venom, Exumer, Motörhead e Exciter. É uma banda que conta com uma vasta discografia e que vale a pena ser conferida.

Patrulha do Espaço - mais uma banda paulistana, que, embora tenha seu embrião em 1977, com um dos precursores do estilo no Brasil, Arnaldo Baptista. A banda se consolidou também na década de 80, tendo atingido seu auge na abertura do show do Van Halen, e segundo a lenda, Eddie Van Halen elogiou muito a banda. Sucessos como OVNI e Columbia me apresentaram o Heavy Metal nacional. Lançaram recentemente 4 CDs com basicamente toda a discografia da banda, coleção essa a qual tive a felicidade de acrescentar a minha coleção.

Kamikaze - em 1985, estoura em Belo Horizonte um cenário metal de fazer inveja a qualquer centro urbano. Uma das bandas que lá despontaram nesse período foi a Kamize, banda que surgiu em 1986 com seu primeiro EP com petardos como Machados de Guerra, Agora é com Você, Trilha do Metal e Força Motriz. Simplesmente fantástico. Vários álbuns foram lançados e, até onde constam, ainda continuam na ativa.

Overdose - continuando em meados dos anos 80 lá em B.H., uma banda surge no cenário e lança um split com outra banda de B.H. Era a Overdose, fazendo um Heavy Metal tradicional de primeira qualidade, em um debut chamado Século XX. A outra banda do split era nada menos que Sepultura, também com seu debut. Apesar de tudo, a Overdose foi formada em 1983 e lançou diversos outros trabalhos, e embora não tenha atingido o mesmo sucesso de sua co-irmã, chegou a realizar dezenas de shows pela Europa e EUA. Lembro que desenhei a capa do Século XX em uma capa de caderno e uma das minhas professoras ficou, como eu diria, meio horrorizada. Foi engraçado.

Volkana - Não confundir com a banda Santista acima descrita. Volkana foi (ou ainda o é pois estavam tentando voltar em 2009) uma banda de Heavy Metal de Brasília com uma característica muito especial: era uma banda feminina. Até onde se tem registro, a primeira banda feminina de Heavy Metal do Brasil a lançar um álbum. Na verdade três. Lembro até hoje delas tocando no A Fábrica do Som, da Cultura. Muito bom.

Não vou falar de Sepultura pois essa já teve o destaque que merecia na mídia internacional. Outra banda que deixo de fora aqui é a Made In Brazil, pois considero que, apesar de sua importância histórica para o rock tupiniquim, a mesma fazia mais um "baita" de um blues do que Heavy Metal ou Hard Rock propriamente dito. Além do que, sua história começa em meados dos anos 70. Com certeza, deixei de citar aqui muitas bandas, que deverão vir qualquer dia deses numa Parte II aqui mesmo.

O que vale mais é a lembrança de todas essas bandas. Eu escutava todas elas, em vinil, nas rádios, na TV em programas underground. Foi uma fase muito legal e bem honesta do Heavy brasileiro. Na minha concepção, a melhor fase do Heavy Metal Nacional.

19 fevereiro, 2010

Anéis de Cebola

Vai rolar aquele churras em casa? Não sabe o que servir de aperitivo?
Ok. Saca aqueles anéis de cebola que servem na churrascaria que vc curte? Pode ser? Então lá vai.

Ingredientes
4 cebolas bem grandes descascadas
1 lata de cerveja clara


Para Empanar
3 ovos
1 xícara de chá de farinha de trigo
1 colher de sopa de azeite de oliva
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
½ colher de café de noz moscada em pó

Para fritar
Óleo de milho em abundância

Modo de Preparar
Com uma faca bem afiada corte as cebolas em fatias de 1cm de espessura e destaque os anéis. Despeje a cerveja numa vasilha refratária, junte os anéis de cebola e deixe marinar durante 30 minutos. Em outra vasilha ponha os ingredientes para empanar e misture com um batedor de arame até obter um a massa mole. Deixe essa massa descansar na geladeira durante 15 minutos. Tire os anéis de cebola da cerveja e seque-os com papel absorvente. Aqueça bem o óleo (1/2 litro, no mínimo) em fogo médio numa panela bem grande. Quando o óleo estiver bem quente retire a massa da geladeira, passe cada anel de cebola nela e frite de 2 em 2 ou de 3 em 3 de cada vez para que não grudem formando um amontoado que vai ser difícil separar com a escumadeira. Frite durante 2 minutos de cada lado até que fiquem dourados. Retire-os e coloque para escorrer numa travessa forrada com papel absorvente.

Hollywood, o sucesso.

O que você faria se teu filho de 13 anos aparecesse em casa com uma camiseta ou uma mochila com o logotipo de um cigarro e ainda escrito: "Hollywood, o sucesso."? Nessa época de antitabagismo desenfreado, provavelmente você surtaria, tentaria explicar para seu filho que aquilo é apologia ao fumo e, que apesar de legal, o mesmo é uma droga, vicia e mata.

Mas em 1983 as coisas não eram bem assim. E a marca Hollywood teve a maior sacada de marketing de todos os tempos da história do cigarro: "Vamos mostrar jovens bonitos e saudáveis, praticando esportes radicais fumando um bom cigarro ao final de sua sessão esportiva". Ok. O apelo não é muito ético não. Mas isso rendeu uma série gigantesca de comerciais na nossa televisão por praticamente meia década nos anos 80.

Tá. Mas o que tem a ver televisão e cigarro com esse blog? Nada, se esses comerciais não fossem recheados com uma trilha sonora maravilhosa, com muito rock dos anos 70 e 80. Muitas dessas bandas provavelmente são desconhecidas de uma boa parte dos jovens de hoje, infelizmente.

Só para citar, tínhamos Survivor, com Eye of the Tyger (se não lembra qual é, assista Rocky, um Lutador) e Burning Heart; Phenomena II, com Did all for love; Peter Frampton com Breaking all the Rules na íntegra, em um comercial com mais de sete minutos; Boston com More than a Feeling; Journey com Don't Stop Believe além de Boonie Tyler, Suzie Quatro, Van Halen, Stepen Wolf, Europe (com a presença dos Blue Angels - a Esquadrilha da Fumaça Norte Americana), The Police, The Who, Asia, Santana, Brian Adams, The Weather Girl (aquelas da Chuva de Homens - aff), Heart, Tears for Fears, Inxs, entre outras tantas.

Não quero que alguém leia esse post e vá comprar um Hollywood na esquina. Mas indico buscarem os discos que foram lançados com as bandas acima. São no mínimo, muito bons. Eu garanto. E para os saudosistas, para matar a saudade, seguem abaixo os links de alguns dos comerciais. O melhor é aquele com Breaking All The Rules, com mais de sete minutos, sem alusão à marca. Mas só de vermos o vídeo, já sabíamos do que se tratava.

Procure os discos. Eu recomendo.

PS: Eu tive uma mochila com a marca "Hollywood, o sucesso".

Comercial 1. Comercial 2. Comercial 3.

17 fevereiro, 2010

O Auge do Movimento Punk Rock Brasileiro

O período é o fim dos anos 70. O cenário é a periferia da Grande São Paulo. Jovens operários, cansados dos arroxos oferecidos pelo poderio militar, bem como, da arrogância e leviandade dos sindicatos da época começam um movimento baseado no que acontecia na Europa, principalmente Grã-Bretanha. Uma das primeiras bandas a surgir foi a Restos de Nada, uma banda formada por Douglas e Clemente, em 1978. A sonoridade de praticamente todas as bandas que surgiram nesse período basicamente definiu o movimento musical posterior no Brasil, o Hardcore.

Mas voltando ao foco. Já em 1979, surgem as primeiras gravações de uma das maiores bandas do cenário nacional e que fez sucesso também na América do Sul e Europa,  Cólera, embora essas gravações comecem a aparecer apenas no início da década de 80, (1982 - O Começo do Fim do Mundo - Coletânea ao vivo - leia mais sobre esse festival).
Muitas outras bandas surgiam. Olho Seco, Não Religião, Garotos Podres,  a maravilhosa Inocentes (quem não se lembra de Pânico em SP, que chegou a tocar em programas convencionais das rádios na época), a poderosa Ratos de Porão, que depois se transformou numa das bandas mais comerciais com seu líder, João Gordo, se transformando em um ídolo da EmoTV. Apesar de tudo, o pessoal dos Ratos lançaram grandes petardos.
Bandas não tão conhecidas surgiam também como EspermogramixBrigada do Ódio, Ulster, Fogo Cruzado entre outras.
Esse movimento começou a perder força no fim da década de 80 e início da década de 90. Foi uma época muito legal, e que teve muita força em São Paulo, capital e diversas cidades do Interior paulista como Rio Claro (onde rolaram diversos festivais punks), Americana, Piracicaba, e é claro, o litoral, principalmente em Santos.
Do Rio Grande do Sul veio um dos maiores expoentes do Hardcore nacional, Os Replicantes. De Brasília vieram também boas bandas, embora essas fossem formadas em sua maioria por filhos de políticos e funcionários públicos como Aborto Elétrico e Plebe Rude.
Se você tem mais de 30, deve ter vivido ao menos uma porção desse período. Se não tem, então aconselho que você busque os materiais das bandas acima citadas e de muitas outras que não citei, mas que nem por isso deixam de ter sido boas bandas.

13 fevereiro, 2010

Memórias do Heavy Metal - 1983


1983 é o ano. Muita coisa acontece. Dio saiu do Sabbath e lança o maravilhoso Holy Diver. Só de raiva, Iommi chama ninguém mais que o Gillan e lança um petardo, na minha opinião, talvez o melhor do Sabbath, Born Again. Esse da criaturinha acima. E 1983 não para nisso. Considero 1983 uma das melhores safras do Heavy Metal. Olha só o que rolou:

  • Iron Maiden - Piece of Mind -- PQP. Para mim, simplesmente tudo.
  • Saxon - Power & Glory -- O melhor disco da banda para mim.
  • Savatage - Sirens -- Não tem comentários.
  • Def Leppard - Pyromania -- Definitivamente, a obra prima da banda.
  • Metallica - Kill'em All -- O começo de tudo. Pena que morreu quando lançou o Black Album (Ok, podem xingar, mas a banda parou aí).
  • Accept - Balls to the Walls -- A consagração dessa fantástica banda.
  • Ozzy Osbourde - Bark at the Moon -- O titio estava no auge de sua carreira.

E muito mais rolou em 1983. Era um Heavy Metal feito com o coração. Não estouravam em rádios, nem na eMoTV. Mas vendiam mais que muita gente que se fazia pela tvzinha... E bandas como Iron e Ozzy estouravam no top 10 de vendas da Grã Bretanha. Fazíamos de tudo para conseguir o vinil, ou ao menos, para gravá-lo em uma fita cassete. Caraca. Bons tempos. E eu tenho muito orgulho por ter vivido esse período.
Quando me falam: você está velho, eu falo:
-- Pois é... Mas eu vivi tudo o que você sempre quis viver... \m/

Longa vida ao Heavy Metal. Em breve, postarei sobre o Heavy Metal nacional da década de 80. Foi o auge. Abraços.
--

Colaborativismo e a Web 2.0

A Web 2.0 está aí e para ficar. Seu conceito envolve como item principal o colaborativismo, ou seja, permitir que pessoas remotamente localizadas, colaborem na construção de artefatos diversos, seja de forma síncrona ou assíncrona. Web 2.0 não pode ser confundida como apenas um mero sistema de compartilhamento de informações. Ela é muito mais que isso. Ela é na verdade um grande ambiente colaborativo. Na verdade, o conceito de Computação Colaborativa não é novo, pelo contrário. Surge até mesmo antes do advento da Internet como conhecemos hoje. Surgiu no final da década de 80 e início da década de 90, em ambientes acadêmicos norte-americanos. Papas como Ellis e Nunamaker podem ser considerados como visionários pois criaram conceitos que hoje definem o que é a Web 2.0.

Eu posso afirmar, sem falsa modéstia, que fui um dos primeiros a trabalhar com a computação colaborativa no Brasil, em 1993. Naquela época tínhamos um grupo no Departamento de Ciências da Computação da Universidade Federal de São Carlos e existia outro grupo na PUC-RJ. Criamos um ambiente que oferecia todas as funcionalidades que hoje oferece o Google Wave (que pouca gente ainda compreendeu realmente o propósito), porém, rodando em ambiente ponto-a-ponto, Unix. A Internet em 1993 não oferecia nem uma mera porção dos recursos oferecidos hoje. Nem sonhávamos que estávamos pensando tão a frente naquele período.

E agora, surge o Buzz, o novo conceito de integração da Google. Muitos estão confundindo o Buzz com o Google Wave, citando inclusive que esse será ofuscado pelo Buzz. Ledo engano. O Buzz apenas trabalha a integração dos ambientes sociais da Google (GMail, Orkut, Picasa, IGoogle, entre outros). Mas o Google Wave é um ambiente muito mais poderoso. Na verdade, o Wave é uma plataforma que suporta aplicações colaborativas desenvolvidas por terceiros. Imagine você criando uma ferramenta para desenvolver arquiteturas computacionais (hardware ou software) de forma colaborativa em diversos ambientes acadêmicos! Eu ainda boto fé no Wave e nos seus conceitos. E mais. Acho que logo a Microsoft deve chegar também com uma plataforma para ambiente colaborativo. Senão o fizer, ficará para trás.

Espero não estar queimando a língua. E sinceramente, tenho quase certeza que não estou. O colaborativismo chegou para ficar.

O que vem por aí...

Estamos começando 2010 com muitas promessas pela frente. Para 2009, a grande promessa era a Cloud Computing e realmente, a mesma está se concretizando. Estudos indicam que ao menos 60% das empresas já estão investindo (em menor ou maior escala) em Cloud Computing. Para 2010, a promessa continua. Outra área que promete esse ano com mais afinco é a de Desduplicação, ou seja, a eliminação daqueles arquivos que se duplicam infinitamente dentro das empresas. Outra tendência que vejo como ponto positivo para as empresas de pequeno e médio porte é o desenvolvimento para Mobile. Cada vez mais as empresas estão lançando novos smartphones e os usuários estão cada vez mais exigentes. Novas aplicações são demandadas e existe um mercado promissor pela frente.

10 fevereiro, 2010

Cervejas Nacionais - Stella Artois

Essa cerveja possui uma história que remonta a idade média, quando monges mestres cervejeiros criaram uma cerveja própria para o Natal. Seu nome, Stella significa Estrela, referente à estrela de Belém.
Essa é uma cerveja digna dos mestres cervejeiros Belgas, leve, a qual você consome perigosamente, principalmente para o bolso. A Stella é uma Pale Lager maravilhosa, com um creme com boa duração e de bela aparência. Possui gosto levemente acentuado para o lado do malte e do lúpulo, mas que não denigre o sabor da bebida, que é bem equilibrado.

Eu recomendo.

09 fevereiro, 2010

Blaze Bayley - Promise and Terror - 2010

Enquanto minha querida banda Iron Maiden se mantém na mesmice, o ex-vocalista Blaze Bayley, odiado pelos fãs menos racionais da banda, lança mais um petardo poderosíssimo em sua maravilhosa carreira solo. Dessa vez, o magnífico Promise and Terror. O disco já abre com a maravilhosa Watching the Night Sky, tapa na orelha com um riff bem marcante. A seguir, Madness and Sorrow, que começa muito rápida e muito pesada. 1633 já é uma música mais climão, com uma intro no baixo que apresenta o tom sombrio da música. City of Bones é outra que começa com um climão, dessa vez pela bateria e depois entra num riff alucinante. Porrada. E quer saber, assim continua o disco inteiro. Ao ser convidado para sair do Iron, Blaze mostrou a que veio, deu a volta por cima e continua a lançar uma pancada atrás da outra. Que o baixinho continue assim.

EU RRRRRRRECOMENDO.

08 fevereiro, 2010

Filé Mignon no Parmesão

Ingredientes: uma peça de filé mignon; sal grosso a gosto, óleo e queijo parmesão ralado a gosto.

Uma carne não muito comum em churrasco é o filé mignon. Mas esse fica fenomenal. Você pode preparar de duas formas distintas: na grelha, em bifes grossos ou no espeto, caso a churrasqueira comporte a peça inteira ou cortada ao meio.

Tempere o filé a gosto, mas preferencialmente, apenas com sal grosso triturado no liquidificador e com óleo, para não ressecar a carne na brasa.

Quando o filé já estiver quase ao ponto para ser servido, retire os bifes (ou a peça) e empane no queijo parmesão ralado. Volte para a brasa apenas o suficiente para dar uma leve tostada no queijo. Retire e sirva com o queijo ainda quente. Se fizer a peça, e não bifes, casquere a carne com o queijo e sirva. Pincele salmoura para voltar a carne ao fogo.

Eu garanto uma coisa. Eu recomendo.

07 fevereiro, 2010

Rage - Strings to a Web

E a fantástica banda alemã de Heavy Metal, Rage, surge com mais um petardo. Claro, serei obrigado a comprar para manter a coleção devidamente atualizada. As linhas e os riffs estão um pouco diferenciados dessa vez. Algumas bases eletrônicas fazem de algumas músicas uma novidade para a banda. Petardos arrasadores como Hunter and Prey, The Beggar's Last Dime, Saviour of the Dead e a faixa título, Strings to a Web, fazem desse mais uma pancada na oreia vinda da Alemanha. Interessante é que algumas músicas remetem ao Heavy Metal do Scorpions (quando Scorpions era Heavy Metal - até 1984), como por exemplo a intro de Hellgirl. Para completar, Purified e Tomorrow Never Comes completam a seleção das músicas que devem ser escutadas em volume máximo. Se não fosse por algumas peças estranhas, com os referidos eletrônicos supra citados e algumas baladas do tipo Opera Rock que não se encaixam, na minha opinião seria um disco perfeito. Mas mesmo assim, eu recomendo.

04 fevereiro, 2010

Cervejas Nacionais - Chopp Brahma Black

Imagina um chopp cremoso. Imaginou? Então esquece. Você tem que provar o Brahma Black. O Brahma Black é um chopp maravilhoso, escuro do tipo Lagger que contém um adicional interessante na sua fórmula: nitrogênio. Com isso, o líquido fica mais leve, mais suave e com uma cremosidade única. Não existe igual.
A primeira vez que você vê, você assusta pois chega apenas creme no seu copo. Com o passar do tempo, o efeito cascata faz o líquido decantar, mantendo o sabor do chopp pois o creme final mantém uma média de 3cm, mantendo todas as características do mesmo.
Não tem mais o que falar. Só provando. Eu mais que recomendo.